Escolher a melhor forma de migrar para o mercado livre é um passo estratégico

imagem Escolher a melhor forma de migrar para o mercado livre é um passo estratégico

Uma das soluções da constante busca por alternativas para diminuir os gastos com energia é a migração para o Mercado Livre de Energia, sendo possível reduzir o preço do kWh e, assim, o seu custo com energia. Porém, atuar nesse âmbito pode não ser tão simples assim. As normas e deveres que devem ser cumpridos são complexos e burocráticos, exigindo conhecimento e tempo para fazê-los.

Você sabe de quem você pode comprar energia no Mercado Livre? E como escolher qual a melhor forma para o seu negócio? Há algumas diferenças e fatores que devem ser levados em consideração na hora da decisão.

Por Talita Capodeferro

Por exemplo, a atuação no Mercado Livre pode ser feita de duas formas: via adesão do consumidor na CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) ou por meio de Comercializador Varejista, que é um agente facilitador da migração para o Mercado Livre, responsável pela gestão e por todas as obrigações e responsabilidades, inclusive as financeiras junto ao órgão.

A migração via Comercializador Varejista é indicado para os consumidores de pequeno e médio porte que desejam os benefícios do Mercado Livre de energia, sem a burocracia das responsabilidades e as obrigações da CCEE e para os consumidores que possuem processos internos complexos que dificultam o cumprimento dessas obrigações financeiras previstas nas Regras e Procedimentos de Comercialização junto à CCEE.

Outro agente importante no mercado é o Comercializador que compra e vende energia por meio de contratos bilaterais a outros comercializadores, geradores, distribuidores, consumidores livres e especiais. O Comercializador pode representar operacionalmente seus clientes, porém não será responsável por eles. A gestão e representação de consumidores via Comercializador é indicado para os consumidores de grande porte, que tenham uma estrutura interna para tratar com as obrigações financeiras e agilidade em tomada e decisões.

Entenda as diferenças entre o comercializador e o comercializador varejista

Com a modalidade Comercializador Varejista, o cliente não se torna agente da CCEE. Ele é cadastrado no que chamamos de Agente do Comercializador Varejista e é considerado pela CCEE como um ativo de consumo ‘filial’, o qual tanto as responsabilidades operacionais quanto financeiras passam a ser exclusivamente do Varejista. Para operacionalizar essa modalidade, o Varejista antecipa todos os pagamentos referentes à energia e às obrigações financeiras da CCEE pelo cliente. Sendo assim, é emitida apenas uma nota fiscal ao final de cada competência correspondente aos valores adiantados à CCEE, facilitando e melhorando a previsibilidade de fluxo de caixa do cliente.

Quando falamos em gestão e representação de clientes na CCEE por um Comercializador, entende-se que ele será responsável por registrar e validar contratos, realizar a sazonalização ou modulação, podendo realizar também a gestão de energia. Porém, o cliente deve ser agente ligado ao órgão e cumprir as obrigações financeiras dele, realizando os pagamentos nas datas corretas ao longo do mês.

Nesse caso, os riscos do cliente são: exposição de lastro de energia, pagamentos inesperados no mercado de curto prazo, possibilidade de pagamento de penalidades, inadimplência na CCEE, abertura de processo de desligamento, desligamento da Câmara e possível rompimento dos contratos bilaterais de energia.

 Então, como escolher o melhor caminho? E quais fatores devem orientar a sua decisão? Se a sua empresa está no mercado cativo e deseja migrar para o livre, faça a si mesmo algumas perguntas:

 Possuo experiência nesse assunto ou área especializada para lidar com a gestão da energia?

· Quero ser um agente na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica?

· Estou disposto a assumir riscos?

· Minha empresa possui um fluxo de pagamento flexível para cumprir as obrigações financeiras da CCEE nas datas corretas?

Se a sua resposta foi não para a maioria dos tópicos acima, considere realizar a migração via Comercializador Varejista. Caso contrário, sua empresa é um potencial cliente de um comercializador.

 

 

Fonte: Administradores.com.br

Posts relacionados

Case de sucesso de empresa sustentável: conta de energia em baixa na Rede Assaí

Case de sucesso: eficiência energética inteligente para o Grupo Casas Bahia

O papel das empresas na luta contra as mudanças climáticas

Energia limpa GreenYellow chega à marca de sete usinas solares construídas no Paraná

GreenYellow assina seu maior contrato no Brasil para telhado solar com 3,96 MWp

Carrefour e GreenYellow fazem parceria para a solarização de estacionamentos na França

Energia solar: conheça as vantagens e desvantagens para empresas